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As brigas no cotidiano de um casal: aprendizado e felicidade

by in Psicoterapia de Casal

“Alguém me perguntou: Quem o magoou? Eu respondi; Minhas próprias expectativas”

 

Na maior parte das vezes nem o casal consegue perceber o motivo real da briga. Por qualquer razão o rancor que existe e que se tenta negar escapa, sem controle. As brigas também podem ser silenciosas. Caras, olhares, gestos, tons de voz, ironias disfarçadas, tudo tornando bem desagradável o dia-a-dia do casal e constrangendo quem está por perto.

A ideia de ter enfim encontrado “a pessoa certa”, “a alma gêmea”, faz com que a satisfação das necessidades e carências pessoais seja vista erroneamente como dever do parceiro. Devido ao descompasso entre o que se esperava da vida a dois e a realidade, as frustrações vão se acumulando e, de forma inconsciente, gerando ódio.

Até chegar a esse ponto, o casal se esforça para manter a fantasia do par amoroso idealizado. Toleram demais um ao outro, fazendo inúmeras concessões, abrindo mão de coisas importantes, acreditando que é necessário ceder. Como nem sempre isso traz satisfação, eles se cobram, se criticam e se acusam. As brigas se sucedem.

Especialistas garantem que aprender a discutir com o parceiro tende a ser muito bom para a relação a longo prazo de um casal que permanece juntos.

1) Viver sem brigas não é a receita da felicidade.

Pesquisadores da Universidade da Califórnia e do Instituto Gottman, Estados Unidos, após um estudo que envolveu 79 casais, concluiu que discutir a relação é benéfico para o casal.

Os estudiosos acompanharam os 79 casais por 14 anos, na tentativa de detectar seus padrões de comportamento. Apuraram que não basta apenas discutir: manter a calma e encarar os problemas deixam o relacionamento mais consistente ao longo dos anos.

2) Discutir a relação é benéfico para o casal

Segundo o estudo, os casais que discutiram imediatamente após o conflito, permaneceram juntos mais tempo. Inclusive o estudo destacou que o possível sucesso dos casais seria a capacidade de discutir, argumentar e resolver as questões juntos. Porém, existem maneiras e maneiras de brigar.

Segundo um dos autores do estudo, o psicólogo Robert Levenson, um dos traços diferentes entre os casais que ficaram juntos durante esse período de tempo foi que, quando eles chegaram a discutir, por qualquer que fosse o motivo, eles se comunicaram abertamente e discutiram a questão tão logo ela surgiu. Já aqueles que esperavam e guardavam rancores e irritações, estavam mais propensos a se separar em algum momento.

Outra característica dos casais bem ajustados, é que ambos tendem a assumir a responsabilidade por suas ações e ouvir o que o outro tem a dizer e respeitar a sua opinião.

3) O lado nocivo das brigas

Ainda de acordo com o estudo, os casais que se separaram tinham o hábito de interromper a discussão para um comentário inútil ou insensível. Também tendiam a desconsiderar a opinião de seu cônjuge ou a dizer que estavam errados ou sendo ilógicos ao invés de levar a questão a sério.

Segundo outro estudo feito pelo California Divorce Mediation Project (Gigy & Kelly, 1992), as causas mais comuns por que os casais se divorciam não são os afetos negativos ou brigas constantes. Em vez disso, os principais motivos do divórcio, citado por quase 80% de todos os homens e mulheres, foi o afastamento gradual um do outro que acaba com a sensação de proximidade e faz com que a pessoa não mais se sinta amada e apreciada. Brigas graves (com agressões físicas e ou verbais) e contínuas foram citadas como causa para apenas 40% dos casais: (44% das entrevistadas e 35% dos entrevistados).

4) Conclusão

Os estudiosos da Universidade da Califórnia e do Instituto Gottman concluíram que qualquer briga em que o típico padrão de inicialização é a agressividade resulta em maiores possibilidades de divórcio que aquelas em que os argumentos se dão com base no respeito à diferença e individualidade do par e que o que define o tempo maior ou menor para o divórcio está relacionado à natureza da configuração de brigas entre os dois grupos, ou seja, para aqueles que se divorciaram mais tarde, o padrão é a briga onde a intenção é resolver o conflito. Já aqueles que se divorciaram precocemente mostraram um padrão de conflito baseado na crítica, atitude defensiva, desprezo e tratamento de silêncio exibido durante a tentativa de resolução de conflitos pela discussão.

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